top of page

Teste de provocação oral (TPO)

Atualizado: há 6 dias

O teste de provocação é o exame padrão ouro para diagnóstico de alergia alimentar e alergia a medicamentos.


ree

Como é feito o teste de provocação?

O teste consiste na administração de doses fracionadas e progressivas do alimento ou medicamento, de forma supervisionada pelo médico alergista para interpretar o teste e para tratar reações alérgicas, caso seja necessário. Durante todo o teste, o paciente é monitorizado quanto aos sintomas e sinais clínicos.

A forma de apresentação do alimento, dose, fracionamento, intervalo entre as etapas e tempo de observação deve ser individualizada para cada caso por um médico alergista com expertise. Em geral, o teste dura meio período, mas pode ser necessário tempo maior a depender do caso.

É fundamental que o procedimento seja realizado com segurança. Para a realização deste teste, é necessário que o consultório tenha estrutura de consultório médico nível 3, com medicações e equipamentos necessários para tratamento de reações alérgicas, que contamos em nossa clínica.


Quando é indicado o teste de provocação (TPO)?

A indicação deve ser muito individualizada de acordo com cada caso. De forma geral, o TPO pode ser indicada nas seguintes circunstâncias:

  1. Avaliação diagnóstica: quando houver dúvida do diagnóstico

  2. Avaliação de tolerância: em casos de alergia a leite e ovo, por exemplo, pode ser necessário avaliar se paciente está evoluindo para a tolerância (cura). Também, pode ser útil para avaliar a tolerância parcial, já que uma parcela dos pacientes pode ser tolerante aos assados (baked) e não ser tolerantes a proteína intacta, não processada.

  3. Avaliação de reatividade cruzada: alguns alimentos e medicamentos podem ter risco de reações com outros alimentos/medicamentos com estrutura parecida. O teste pode ser útil para diferenciar o que realmente deve ser excluído do que pode ser consumido/administrado . Exemplo: paciente com alergia a amendoim pode ser avaliado se pode consumir castanhas.

  4. Teste de provocação de baixa dose: é avaliado se paciente alérgico consegue tolerar quantidades pequenas do alérgeno alimentar. Pode contribuir para a orientação de como deve ser a exclusão alimentar ou para realização de imunoterapia para alergia alimentar.


Riscos do teste de provocação oral

O teste de provocação oral é considerado seguro quando bem indicado, realizado por médico com expertise na área e em local com estrutura adequada. O principal risco neste teste é de desenvolver uma reação alérgica, já que envolve exposição a um possível agente causador de reação alérgica. As reações alérgicas podem ser leves ou graves. Sintomas que podem ocorrer incluem: coceira, urticária, angioedema (inchaço), piora do eczema, náusea, vômitos, dor abdominal, diarréia, broncoespasmo (falta de ar, chiado no peito), tosse, desmaio, perda de consciência e queda da pressão arterial. Os tratamentos para reação alérgica são altamente eficazes para tratar essas reações alérgicas quando bem indicados e realizadas no tempo adequado. Se a reação ocorrer, o médico irá realizar o tratamento apropriado e o paciente permanecerá sob supervisão médica até que seu médico acredite que seja seguro você voltar para casa.


Cuidados na realização do teste

  1. O paciente deve estar bem, sem infecção, já que quadro infecciosos podem interferir na interpretação do teste e também pode aumentar a gravidade de reação em pacientes com teste positivo. Notifique a clínica caso esteja com infecção para orientação da necessidade de reagendamento.

  2. Idealmente, paciente deve estar com suas doenças alérgicas controladas, especialmente a asma.

  3. As medicações para controle das alergias (como medicações inalatórias para asma, medicações tópicas para dermatite atópica devem ser mantidas).

  4. Algumas medicações podem interferir na realização deste teste, como anti-histamínicos, corticoide oral, beta-bloqueadores, inibidores da ECA. Informe o uso de todas as medicações antes do agendamento deste teste.

  5. Traga atividades de entretenimento enquanto realiza o teste, já que o teste dura várias horas.


Caso tenha interesse em saber mais sobre como este procedimento é realizado em nossa clínica ou queira agendar uma consulta, entre em contato conosco.

Comentários


IMG_1690.JPG

Sobre a autora

Dra Claudia Leiko Yonekura Anagusko
CRM-SP: 163184, RQE 75918

É médica alergista, colaboradora do ambulatório de esofagite eosinofílica, dermatite atópica e alergia alimentar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP

Possui pesquisa na área de esofagite eosinofílica, alergia alimentar e imunoterapia oral para alergia alimentar.

Autora do capítulo Imunoterapia oral e risco de EoE, do livro Esofagite Eosinofílica, série Alergia e Imunologia - ASBAI. ​​

bottom of page